Evento promovido em Planaltina começou na casa de João Souza Lima, o mais antigo folião de roça da região
Foto: Gabriel Jabur
"Fraternidade, sim. Violência, não". O trecho da música cantada por violeiros nas primeiras horas da manhã deste domingo (24), no encontro da Folia de Roça de Planaltina, resumiu bem a marca deixada pela Festa do Divino Espírito Santo. O último dia do evento religioso começou na casa do mais antigo folião da região, João Sousa Lima, conhecido por qualquer morador simplesmente como Sousa Lima.
No dia da celebração de Pentecostes, o senhor de 78 anos acordou cedo, como faz há mais de 20 anos, para preparar o café que reuniu os foliões da roça em oração. "Essa festa me representa. Aqui, todo mundo é igual", destacou. A comemoração contou com a presença do governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, que depois seguiu com o grupo para uma missa e, mais tarde, almoçou com a comunidade. Foi o segundo dia seguido em que o chefe do Executivo local participou dos festejos. “É uma festa que mantém a tradição e celebra um dos momentos mais importantes da fé cristã, que é o Dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo se revela com todos os seus dons. Além disso, é uma festa da solidariedade e da fartura”, afirmou.
A Folia da Roça ocorre, oficialmente, desde 1984, mas Sousa Lima já reproduz a antiga tradição em Planaltina desde 1973. Os foliões, durante uma semana, passam de casa em casa, onde tomam café, almoçam, jantam e evangelizam juntos. A iniciativa integra a Festa do Divino Espírito Santo, que ocorre desde 1974, e é a segunda maior celebração religiosa de Planaltina, ficando atrás apenas da Via-Sacra do Morro da Capelinha.
Doações
Durante o almoço, oficializaram-se os três casais que organizarão a Folia de Roça e a Folia de Rua de 2016, como manda a tradição. Os responsáveis, aliás, já começaram a receber doações para ajudar na edição do ano que vem. O governador aproveitou a passagem pela região administrativa para participar do evento de encerramento da 5ª Festa de Pentecostes do Ministério Avivando Nações. A celebração durou uma semana, com cultos diários.
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