Estudantes de escolas públicas e pacientes da Rede Sarah assistem ao Balé Bolshoi

Mais de 5 mil crianças e adultos prestigiaram um espetáculo exclusivo na manhã desta quinta-feira

Foto: Emerson Tormann

A manhã desta sexta-feira (12) foi diferente para mais de 5 mil alunos de 4 a 18 anos da rede pública de ensino de Brasília e para 56 pessoas da Rede Sarah, entre pacientes, familiares e equipe. Eles prestigiaram o espetáculo de balé Dom Quixote, da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Também integraram a plateia crianças e adolescentes atendidos pelos Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social, e por diversos projetos sociais.

Às 9 horas, o público já chegava ao Ginásio Nilson Nelson em ônibus vindos de todas as 31 regiões administrativas do Distrito Federal. "É fabuloso. [O espetáculo] nos proporcionou momentos muito agradáveis. Nunca imaginamos ver isso na vida e tivemos hoje a oportunidade", entusiasmou-se Meirielle Piffer, de 34 anos. Professora em Alto Piquiri, no Paraná, ela vem periodicamente à capital federal para um tratamento de reabilitação no hospital Sarah Brasília.

Para o professor de educação física da unidade de saúde Maurício Corte Real, apresentações como a de hoje democratizam o acesso à cultura e ajudam a diminuir o uso dos remédios para dor. "Temos pacientes aqui que vieram do interior e nunca teriam a chance de ver algo assim. Além do mais, a alegria e a produção de prazer reduzem a dor que eles sentem", explicou.

Ao término de cada ato, a plateia ovacionava os 80 bailarinos que se revezavam no palco. Após uma hora de espetáculo, o fim não poderia ser diferente: aplausos de pé para o desfecho da história de amor entre a bela Kitri e o pobre barbeiro Basílio, que lutam contra o rico comerciante Gamash, com quem o pai da heroína quer forçá-la a se casar. Com a ajuda do cavaleiro Dom Quixote e seu escudeiro Sancho Pança, os apaixonados se casam em uma grande festa em Barcelona, na Espanha.

Contato com a arte
O coordenador de Educação Integral da Secretaria de Educação do DF, Jeovany Machado, destacou a importância de crianças e adolescentes terem contato com a arte. "É interessante para eles entenderem, por exemplo, em uma peça de balé, os momentos em que não há falas, mas gestos, sinais e movimentos."

As alunas do projeto de balé, de 4 a 12 anos, da Escola Classe 12 de Taguatinga estavam eufóricas e sonhando com o espetáculo. "Assistir a uma apresentação clássica é um incentivo a mais para elas, que nunca tiveram acesso a uma peça assim", contou a diretora da unidade de ensino, Keith Alves.

A aproximação do público com o espetáculo foi ainda maior após os aplausos finais, quando os artistas desceram do palco para tirar fotos e conversar com a plateia. Na ocasião, o bailarino de 19 anos João Pedro Ludwig aproveitou para agradecer aos espectadores. "Existem vários tipos de apresentação, mas esta, em que o público troca energia com a gente, é maravilha."

Na véspera
Na noite dessa quinta-feira (11), os bailarinos se apresentaram para um público de mais de 5 mil pessoas, também no Nilson Nelson. Com patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e do Ministério da Cultura, o espetáculo também foi uma homenagem póstuma ao responsável por trazer ao Brasil, em 2000, a única filial da famosa escola russa de balé, o ex-senador e ex-prefeito de Joinville Luiz Henrique da Silveira, que morreu em maio deste ano.

O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, e a esposa dele, Márcia Rollemberg, compareceram ontem ao Nilson Nelson e, momentos antes do início, entregaram um buquê de flores à viúva do político, Ivete da Silveira.

Fonte: Redação

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