*A união do setor produtivo mantém viva a esperança de triunfar em meio à crise
Na base do “juntos seremos mais fortes”, principal bandeira do setor, a parceria tem proporcionado importantes diálogos entre sindicatos e empresas consolidadas no DF.
Uma boa estratégia está ao alcance do empresariado brasiliense e vem sendo usada para tirar da reta a crise instalada na região: a identificação de gargalos logísticos.
A título de exemplo, optaria por apontar os tributos altos, a má conservação das áreas de comércio, que sequer possuem estacionamentos hábeis e a falta de segurança como os principais gargalos que obstruem o olhar de investidores potenciais, ou melhor, observadores internacionais. A propósito, aqui, perdem-se muitas oportunidades de diversificar a economia e a limitam a poucos segmentos.
Todos os pacotes e esforços nunca serão suficientes para dinamizar a economia se os problemas públicos virarem males privados. O setor produtivo se sente obrigado a tomar atitudes antes delegadas ao governo e se sente compelido a pagar a conta da má gestão pública.
Exemplo disso é a criação de um chat, popularmente conhecido como Fórum do Setor Produtivo, em que os principais presidentes de sindicatos do DF, assessores parlamentares e personalidades fortes do setor participam para debater propostas e também incentivar a busca pelo apoio de parlamentares e deputados distritais à causa empresarial. Mesmo que a duras penas, não estamos parados nem tampouco abatidos pelo momento; a reação à atual conjuntura econômica tem que ser racional e não fugir do senso comum. Tem que haver diagnóstico. O primeiro passo da luta é a consciência da sua causa.
Por esse motivo, o setor tem apresentado as dificuldades – debatidas em discussões do fórum – que afetam o desenvolvimento econômico e a geração de empregos e renda no DF em busca de soluções. A crise, diga-se de passagem, é um fenômeno determinado por irregularidades que podem ser ajustadas e, ainda, nos ensinar a crescer.
* Janine Brito - Diretora-executiva da Ferragens Pinheiro