Cinco mil atletas de quatro Centros Olímpicos e Paraolímpicos de Brasília competem desde setembro em 10 modalidades, como o judô. Neste fim de semana, São Sebastião foi palco de várias finais
No Rio de Janeiro pode ser só em 2016, mas em quatro Centros Olímpicos e Paraolímpicos de Brasília as olimpíadas já começaram. Desde setembro, 5 mil atletas entre 4 e 45 anos disputam medalhas em seis modalidades convencionais e quatro adaptadas para competidores com deficiência na primeira edição do Festival Olímpico e Paraolímpico.
Com equipes de Ceilândia (Parque da Vaquejada), Riacho Fundo I, Samambaia e São Sebastião, a competição entrou na fase decisiva neste fim de semana. Dentre os atletas que disputaram neste domingo (8) no Centro Olímpico e Paraolímpico de São Sebastião, o destaque foi o nadador Alexandre Marques, de 13 anos. Durante a manhã ele abocanhou sete medalhas de ouro. "Meu ídolo é o César Cielo", conta o morador do Riacho Fundo II. "Me espelho muito nele. É um herói nacional", destaca o estudante do 7º ano, que espera participar em alguns anos de torneios em nível nacional e internacional.
Em outro ponto do centro, Roberto Carlos Barbosa, de 35 anos, brigava por uma vaga na final do parabadminton. Vítima de um tiro há 15 anos que o deixou paraplégico, ele encontrou no esporte uma saída para o caminho que trilhava no tráfico de drogas. Barbosa começou na modalidade em 2012 e continuou até virar profissional.
"Viajo muito para São Paulo e outros estados [para competir] desde que o esporte mudou minha vida", conta. No próximo fim de semana, o objetivo é vencer a final do parabadminton no festival, mas, nos dias 12 e 13 de dezembro, o compromisso é no campeonato brasileiro, em Brasília. O dia ainda teve competições de judô, vôlei e tênis.
Outras finais
No sábado (14), a partir das 8 horas, o Centro Olímpico e Paraolímpico de Samambaia receberá a última rodada de confrontos. Junto com os finalistas masculinos do badminton e parabadminton, que conseguiram avançar à final neste domingo (8), os atletas das categorias adulto masculino e feminino no vôlei, natação e tênis também definem quem sobe ao lugar mais alto do pódio. No encerramento do festival, crianças de 4 a 8 anos poderão participar da corrida Turminha Campeã.
Ao longo do festival, tiveram provas de atletismo, basquete, judô, natação, tênis e vôlei, nas modalidades convencionais, e atletismo, bocha, natação e parabadminton nas adaptadas.
De acordo o gerente-geral dos quatro centros participantes do festival, Márcio Falcão, a ideia é que os competidores vivenciem o cotidiano olímpico e absorvam valores do esporte. "Entre eles, empenho, respeito ao treinador, aos colegas e aos adversários, dedicação e humildade", elenca. A competição foi organizada pela Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, em parceria com a Fundação Assis Chateaubriand — responsável pela gestão pedagógica dos Centros Olímpicos e Paraolímpicos de Ceilândia (Parque da Vaquejada), Riacho Fundo I, Samambaia e São Sebastião.