Sudoeste recebe obras para auxiliar portadores de necessidades físicas

Moradores reivindicavam mudanças há pelo menos 5 anos. O Sudoeste está recebendo, aos poucos, modificações nas ruas e calçadas para adaptação afim de contemplar a locomoção de pessoas com deficiência física

As obras, que tiveram início em março deste ano, são reivindicações antigas dos moradores, que lutam há um bom tempo para que existisse acessibilidade no bairro.

De acordo com a Administração do Sudoeste/Octogonal, as obras não têm prazo para terminar, pois “não se trata de apenas uma obra. A ideia é procurar atender toda demanda vinda da comunidade dentro das condições de atendimento direto, material e mão de obra da Administração, ou via parceria com a comunidade”.


Para deficientes visuais e físicos, este recuo para a faixa de pedestre é inaceitável

Pablo*, 35, que usa a cadeira de rodas e trabalha no Sudoeste, reclama das dificuldades. “É complicado pra andar, porque além de não ter o piso sinalizado, não tem semáforo com apoio sonoro para atravessar a faixa de pedestre e as calçadas além de pequenas são na beira da rua, o que dificulta a passagem de quem precisa de um pouco mais de espaço”.

Questionada sobre quais modificações seriam feitas ao longo do bairro, a Administração Regional disse que trabalha em parceria com o Conselho de Pessoas com Deficiência (CPD). “Com as orientações do CPD vamos cadastrar as Pessoas com Deficiência para poder criar as diversas rotas de acessibilidade e tentar universalizar essas rotas na Região Administrativa do Sudoeste/Octogonal”, informa a representação do GDF.

O conselho foi criado em 2016 para facilitar a comunicação governo-comunidade. O CPD conta com onze membros: sete conselheiros (que são moradores da região), três funcionários da Administração do Sudoeste/Octogonal e Reginaldo Sardinha, o administrador do bairro. Procurado pela reportagem, o CPD não respondeu aos pedidos de entrevista até o fechamento deste texto.

O pesadelo dos cadeirantes: calçadas que acabam em grama ou escada

Ainda segundo a Administração, a obra é planejada e executada pela equipe do órgão, com materiais doados pela comunidade ou outros órgãos do governo. O planejamento é feito minunciosamente, já que ele deve ser de acordo com normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT.

A norma específica é a NBR 950, que determina que, em cada caso, podem ser instaladas rampas de acesso, pisos táteis, entre outros recursos para melhorar a mobilidade e garantir a acessibilidade a diferentes necessidades. De acordo com o órgão, além disso, a sinalização horizontal e vertical de trânsito também será reforçada.

Por: Daniel Martins
Foto: Daniel Martins

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