Feira de economia criativa faz sucesso no aniversário de Brasília

O evento faz parte do Picnik; mais de 20 mil pessoas frequentaram o local

Realizado pelo quinto ano consecutivo o Picnik conta com várias atividades culturais e gastronômicas, uma delas é a feira de economia criativa, realizada no dia 21 de abril, data de comemoração do aniversário de Brasília, no Estacionamento 04 do Parque da Cidade com entrada gratuita. 200 expositores participaram do evento e mais de 20 mil pessoas frequentaram o local. Segundo estimativas dos organizadores, a feira movimentou mais de 400 mil reais e gerou renda para centenas de trabalhadores da indústria criativa.

A feira de economia criativa teve stands de vendas, com produtos de arte, moda e decoração dos mais variados tipos. Moradores e turistas foram ao local para fazer compras e aproveitar o ferido prolongado. É o caso da professora Marlene Sousa, 29, que é turista e pela primeira vez conheceu a feira. “Maravilhoso. Pra mim é diferente. Tem muitas coisas bonitas, muita diversidade”, conta a professora.

Luiza Dusi é artesã; ela produz brincos, pulseiras e diversos tipos de artesanatos. Ela sempre participa de eventos deste gênero. “Eu participo de feiras e tenho uma loja online”, conta. A artesã ainda relata que este evento não é sua principal fonte de renda, mas ajuda de forma secundária. “É uma renda complementar boa”, diz.
Luquemar Marchi vende perfumes e aromatizantes

Para Luquemar Marchi a feira de economia criativa é bastante rentável. Ele tem uma banca de perfumes e aromatizantes, e conta que um feirante tem que saber bem de quais feiras trabalhar. “A gente tem que escolher muito bem as feiras hoje”, e explica: “hoje em dia você paga um preço muito alto e não tem este retorno. Muitas não têm público, não tem atrações”. Marchi é de Goiânia e vem à Brasília apenas para participar de eventos como este. O feirante conta que chega a faturar dois mil reais num único dia do evento.
Brincos e pulseiras são alguns dos produtos expostos na feira

Segundo a produtora do Picnik, Julia Hormann, este evento é uma das principais fontes de renda para diversas famílias. “A gente sabe hoje que entre os expositores mais de 66% só trabalham com a economia criativa. Eles não têm outra fonte de renda. A principal fonte de renda é esta”. Julia ainda revela: “Em média cada uma das banquinhas vende em torno de 1,5 a 2 mil reais por dia”.

A produtora informa que os expositores que quiserem participar do evento bastam acessar o site oficial www.picnik.art.br e preencher um formulário, aberto sempre um mês antes da realização do evento. “A curadoria vai analisar a qualidade do produto. Se ele estiver dentro dos critérios a gente entra em contato com o expositor e começa o processo de inscrição”, informa Julia.

O setor de economia criativa movimentou 2,7% do PIB em 2011 no Brasil, segundo estudo realizado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), em 2012. O Brasil conta com 810 mil profissionais trabalhando no ramo, segundo a pesquisa. Os setores de cultura, moda, design, música e artesanato são responsáveis por grande parte destas atividades.

O PICNIK

O evento é realizado quatro vezes ao ano em Brasília e conta com várias atrações culturais, como a feira de economia criativa, workshops, terapia coletiva avançada, apresentações teatrais, praça de alimentação e muitos outros. Já foram feitas edições no Parque da Cidade, Praça dos Cristais e Torre de TV Digital. Esta última edição comemorou cinco anos e foi financiada com recursos da Lei de Incentivo à Cultura do DF, cobrança de taxas para expor no evento e o patrocínio de empresas privadas.

Por Douglas Rodrigues.

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