Festas devolvem movimento ao Setor Comercial Sul

Produtoras culturais tiveram a iniciativa após verem que o local é de fácil acesso para todos

Projetado para ser um centro de comércio e lazer, o Setor Comercial Sul passou a sofrer com o abandono e com a escalada da violência. Como consequência, a população se afastou da área, considerada ma das mais nobres da capital. Aos poucos o espaço foi sendo tomado por usuários de drogas e moradores de rua. Mas a situação começa a mudar. Produtoras culturais de Brasília voltam a fazer eventos no local e o público começa a frequentar novamente a região. O objetivo é resgatar o movimento populacional que já existiu anos atrás, principalmente pelo fato de o Setor Comercial Sul ser de fácil acesso.

Foi na produtora Canteiro Labirinto que surgiu a ideia de revitalizar o SCS e tentar apagar ao máximo a reputação de do local ser uma parte suja e perigosa de Brasília. O agente cultural Caio Dutra diz que faz tempo que eles começaram a ter interesse de fazer essa ação e levar de volta cultura, entretenimento e lazer para lá. “Após conseguirmos o alvará, muitos outros produtores se interessaram e pediram ajuda para gente”, fala. “Atualmente, toda semana tem alguma coisa acontecendo no Setor”, declara.

Além dessa iniciativa da Labirinto, no início deste ano foi inaugurada uma casa de shows chamada Espaço Cultural Canteiro Central e agora é difícil encontrá-la fechada, nos fins de semana. A equipe Primato Sounds escolheu o lugar para fazer a festa Funkzona, que ocorreu no dia 24 de março e reuniu mais de 800 pessoas. Victor Canato, organizador e DJ da festa, diz que mais gente está voltando a ter confiança para frequentar o Setor Comercial Sul. “Por ainda não ser um lugar muito seguro e normalmente ter muitos carros para vigiar, nós começamos a fazer campanhas de conscientização do nosso público para irem de táxi ou uber”, conta.

Matheus de Jesus foi um dos que participaram do evento e conta que após ter sido furtado passou certo período sem ir ao SCS, mas que está tendo boas experiências com as festas de 2017. “Eu acho que a iniciativa foi ótima, com certeza venho em mais coisas por aqui”, afirma.

Por Juliana Lobato

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