A modalidade esportiva funciona como treino para atletas profissionais, além de ser praticada por brasilienses como lazer que gera qualidade de vida
A corrida de rua é uma modalidade do atletismo. Pesquisa realizada com mil entrevistados pela consultoria espanhola Relevance, em 2014, estima que cerca de seis milhões de brasileiros com mais de 16 anos praticam algum tipo de corrida. A modalidade é praticada por brasilienses não só de forma profissional, mas também pela busca da melhoria da saúde, socialização, emagrecimento e conquista pessoal.
O atleta brasiliense Flávio Henrique Guimarães, 33 anos, começou a correr aos 15 anos. Logo na primeira corrida de rua, ele conquistou o 2º lugar. Isso o motivou a querer treinar e competir nas provas seguintes. Em dois anos, ele conseguiu a Bolsa Atleta do Governo Federal e foi campeão brasileiro de triatlo. “Desde 2008, estou correndo profissionalmente. As corridas de rua de Brasília servem como um teste pra mim, porque a minha prova mesmo é a maratona. Profissionalmente é legal, porque tem boas premiações e isso serve de recurso financeiro para treinos e demais competições fora do país”, conta.
O atleta brasiliense Flávio Guimarães já foi campeão brasileiro de triatlo
O que motiva Flávio a participar das corridas de rua é a disputa. “Se a corrida tiver uma premiação acima de mil reais, isso me motiva, porque presumo que nela vai ter outro atleta mais forte. Eu não gosto de correr em provas que eu não tenha adversário. A premiação, na verdade, é uma conseqüência de um bom resultado.” Flávio corre de 25 a 35 quilômetros por dia. Com isso, ele precisa investir bastante em alimentação, que é bem calórica e de qualidade, com um composto manipulado de vitaminas. Além disso, ele troca de tênis de dois em dois meses, mesmo fazendo rodízio.
A Secretaria do Esporte, Turismo e Lazer do DF (Setul) incentiva a prática da corrida de rua desde a 1ª Edição da Corrida de Reis, há 47 anos. Na última edição, foram abertas 16 mil inscrições gratuitas, reunindo em um único evento cerca de 20 mil corredores de rua, somando aos corredores não inscritos (pipoca). Há também o Circuito de Corrida da Setul, no intuito de incentivar a prática esportiva e a qualidade de vida. O Circuito é dividido em 09 etapas, com 2 mil vagas cada etapa, com inscrições gratuitas, realizadas em todo do Distrito Federal.
O esporte como lazer e qualidade de vida
O analista de banco dados Euler de Souza, segundo da esquerda para a direita, começou a fazer corrida com foco na saúde (Foto: arquivo pessoal)
O analista de banco dados Euler Cruz de Souza, 52 anos, começou a fazer corrida com foco na saúde. “Após três meses correndo eu atingi quatro quilômetros e setecentos metros. Então eu passei a fazer corrida de rua, que o mínimo é de cinco quilômetros. O clima de Brasília é propício por causa da altitude. Quando você vai correr em uma cidade mais baixa você está mais preparado”. Para Euler, a escolha de qual corrida participar depende do percurso e, principalmente, da paisagem que ele poderá apreciar. A bancária Valéria Noleto Perna, 51 anos, corre por diversão, mas sempre está atenta ao que a corrida de rua proporciona para uma boa qualidade de vida. “Eu gosto da prática, porque é ao ar livre. Durante o treino, eu vou organizando as responsabilidades na minha mente. Eu durmo melhor, me alimento melhor, perco peso e tenho mais disposição para enfrentar o dia a dia.” Assim como Euler, Valéria tem acompanhamento de uma assessoria esportiva durante os treinos.
A bancária Valéria Perna tem acompanhamento de uma assessoria esportiva durante os treinos
Para auxiliar pessoas que praticam a corrida de rua com foco na melhoria da qualidade de vida e do rendimento físico, existem assessorias esportivas que oferecem acompanhamento de treinamento desportivo. Um dos objetivos desse tipo de assessoria é preservar e respeitar a adaptação e a disponibilidade de tempo de cada atleta. As mensalidades variam de R$ 125 a R$ 220.
O educador físico Misael de Alencar Bezerra é treinador da Assessoria Esportiva Aptidão e conta que os treinos são coletivos, porém o atleta tem supervisão do treinador de forma individualizada. “Para dar início, realizarmos uma avaliação física, onde são coletados dados pertinentes aos objetivos do novo atleta e montado um programa de treinamento. Em seguida, encaminhamos uma planilha de treino individualizada, via e-mail, para cumprimento do treinamento semanal”, explica.
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Da redação do portal Brasília de Todos Nós
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