Parque Vivencial do Paranoá está abandonado e moradores pedem reforma

Local tem boa estrutura, mas sem conservação



O Parque Vivencial do Paranoá fica às margens da rodovia que liga o Setor de Mansões do Lago Norte à barragem do Paranoá. No começo de Brasília o Paranoá era localizado no parque e ainda é possível ser visto o que restou da antiga cidade. É um espaço com boa estrutura e fundamental para os moradores do Paranoá e do Itapoã, mas não está conservado.

Por muitos anos o parque serviu de lazer para pessoas da cidade que levavam as crianças para o parque infantil, faziam caminhada, ciclismo, além de shows musicais nos fins de semana, lanches e almoços típicos. Hoje o local está abandonado e os moradores já não têm coragem de frequentá-lo com medo do que possa acontecer. Até os vigilantes do local temem pela própria segurança.

Maria Madalena vive de reciclagem e diz que o parque está abandonado

Maria Madalena Paz, 67, vive de reciclagem e diz que o parque está abandonado. “É uma vergonha para nós moradores. Falta areia e brinquedo para as crianças brincarem, a casinha de índio está toda quebrada. Os banheiros estão acabados e só existem paredes. Já corri atrás de respostas com outros moradores, porém a administração diz que não é responsabilidade deles”, afirma a catadora.

A assessoria de comunicação da administração do Paranoá respondeu que a responsabilidade do parque é do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e que a Capela é de responsabilidade da Arquidiocese de Brasília. O Ibram informou que o termo de referência para elaboração do plano de manejo do parque - instrumento gestor de uma unidade de conservação – está sendo desenvolvido por um grupo de trabalho. O grupo foi criado pelo Instituto com o objetivo de avançar na elaboração desses documentos para as unidades de conservação geridas pelo órgão.

Existe uma compensação ambiental destinada para a área que prevê a elaboração do plano de manejo, a partir do termo de referência, e total revitalização da unidade. Além disso, o parque necessita de um projeto arquitetônico que está sendo contratado em parceria com o Jardim Botânico, também com recursos de compensação ambiental. A Arquidiocese respondeu que a Capela não está em suas responsabilidades.

Juliano Sousa, 37, é servidor público e concorda que o parque está um caos. “Essa situação repercute há vários anos, promessas são feitas, mas melhorias nunca são concretizadas. Nós moradores reclamamos mesmo, pois dizem que vão arrumar e até agora nada. O parque vivencial do Paranoá poderia ser o nosso Parque da Cidade”, finaliza o servidor público.

O parque necessita de um projeto arquitetônico

A história do Parque

Em 1957, a vila Paranoá, conhecida atualmente pelos moradores como Paranoá Velho, abrigou pessoas de vários estados do Brasil durante a construção da nova capital Federal. Em 1980 os moradores da vila foram remanejados para outro endereço, nascendo assim, o Parque Vivencial do Paranoá.

O parque possui 600 mil metros quadrados de área verde cortada por uma extensa pista para caminhada. O Parque Vivencial do Paranoá abriga ainda a igreja São Geraldo, considerada o segundo templo católico mais antigo do Distrito Federal.

Por Diana Cardoso.

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