N°1
Professor Marcos Pacco
Hoje vamos entender as regras mais importantes de crase
1) Para entender crase, é necessário entender regência. Verbos, substantivos ou adjetivos podem exigir complemento preposicionado. E o complemento pode vir com o artigo.
Professor Marcos Pacco
Hoje vamos entender as regras mais importantes de crase
1) Para entender crase, é necessário entender regência. Verbos, substantivos ou adjetivos podem exigir complemento preposicionado. E o complemento pode vir com o artigo.
Ex.: Todos se sujeitaram às normas.
(Quem se sujeita se sujeita a alguma coisa! A forma verbal “sujeitaram” exige a preposição A e o substantivo “normas” exige o artigo AS)
Ex.: Tudo ali era idêntico à cidade onde nasci.
(O adjetivo “idêntico” exige complemento com a preposição A e o substantivo “cidade” exige o artigo A)
2) Não existe crase antes de palavras masculinas, exceto se estiver subentendida a expressão à moda de, seguida de nomes de pessoas ou de regiões geográficas.
Ex.: As pessoas simples têm horror a exagero!
(O substantivo “horror” exige complemento com a preposição A, mas o substantivo “exagero” não aceita o artigo A)
Comemos uma galinhada à Alex Atala!
Atenção: bife a cavalo, frango a passarinho, filé a palito não têm crase.
3) Não existe crase antes de palavras com sentido indefinido, genérico:
Ex.: Ele se submeteu a uma intervenção cirúrgica. (“uma” é artigo indefinido).
Ex.: A cidade não resistiria a nenhum caso de grandes proporções (“nenhum” é um pronome indefinido)
Ex.: O novo acelerador dará origem a partículas que nunca foram vistas.
(o substantivo “partículas” está em sentido genérico)
4) Não existe crase antes de verbo.
Ex.: O candidato não estava disposto a renunciar.
5) Tenha cuidado com a crase tradicional, que ocorre independentemente de haver um termo que peça complemento. Ocorre nas locuções prepositivas, conjuntivas, adverbiais e adjetivas:
Ex.: Pague sempre à vista! (locução adverbial)
Na festa havia policiais à paisana. (locução adjetiva)
Estamos à espera de uma oportunidade. (locução prepositiva)
À proporção que conversávamos, eu me acalmava. (locução conjuntiva)
É isso. Até a próxima!
*Marcos Pacco, é professor de português em cursos preparatórios para concursos.