Estudantes propõem soluções para problemas que afetam o mundo

Simulação de assembleias de órgãos nacionais e internacionais reunirá, em plataforma virtual, mais de 280 alunos de Ensino Médio do Colégio Marista João Paulo II 

Em meio à pandemia da Covid-19, que tem afetado severamente a educação brasileira, incentivar espaços que estimulem o protagonismo e o pensamento crítico dos estudantes dentro e fora da escola é de fundamental importância. Com o objetivo de discutir questões preocupantes da atualidade – como ajudas econômica e humanitária pós-covid e integração global em tempos de crise sanitária –, será realizada a quarta edição da Simulação Interna do Marista João Paulo II (Simjopa). A abertura oficial do evento será no próximo sábado (26), e o início das atividades acontecerá na segunda-feira (28).

Nesta edição especial, a novidade é que as discussões ocorrerão por meio de uma plataforma virtual, tendo em vista as recomendações locais de distanciamento social. A estimativa é reunir mais de 280 estudantes do Colégio Marista João Paulo II. A abertura do evento será transmitida ao público no Canal do colégio no YouTube; e as atividades da simulação serão realizadas na plataforma Microsoft Teams.

“Além de ser um momento de aprimoramento da habilidade argumentativa, a Simjopa é um espaço de muita interação e integração entre os estudantes. Neste ano, por ser uma versão online, surgiram diversos desafios, e diferentes pessoas trabalharam para solucioná-los. As expectativas estão altas, e espero que tudo ocorra como o planejado”, afirma o estudante do 3º ano e coordenador da simulação, Vinícius Mendes da Silva.

Os jovens serão divididos em comitês que simulam assembleias de órgãos nacionais e internacionais, onde representarão o papel de delegados para buscar, em conjunto, soluções pacíficas para os problemas abordados.

"Eu sou um dos idealizadores desse projeto, que, além de ter como diferencial o protagonismo dos estudantes, é um campo para consolidar profissões que eles vão exercer no futuro. O evento também é importante para os alunos que prestarão exames externos, uma vez que serão discutidas temáticas da atualidade que podem ser cobradas nessas provas”, pontua André Pessoa, professor de História.

Coordenada pelos próprios alunos, que atuam desde a seleção dos temas até a intermediação dos debates, a simulação é uma atividade didática essencial para  estimular a interpretação crítica da realidade e possibilitar aos estudantes a apreensão do mundo em diferentes ângulos.

Temas – Considerando a realidade da pandemia pela Covid-19, alguns temas abordados nos comitês da simulação estão alinhados com esse contexto. É o caso do comitê da Câmara dos Deputados, que vai discutir o uso da cloroquina e hidroxicloroquina e a legislação sobre medicamentos, e do Banco Mundial, que vai abordar as ajudas econômica e humanitária pós-Covid. Os protocolos internacionais de combate a pandemias e as novas relações de trabalho para a atualidade (homeoffice e empregos informais) serão debatidos nos comitês da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), respectivamente.

“A Simjopa consolida competências acadêmicas, tendo em vista que o estudante precisa expor seus conhecimentos de forma articulada, coerente e assertiva; competências socioemocionais, quando o estudante exercita sua capacidade de cooperar, negociar, liderar, considerar o outro e o contexto. Temos, ainda, as competências ético-estéticas, em que o estudante escolhe e se compromete com suas ideias e propostas para soluções democráticas e de cuidado com o outro e com a sociedade”, enumera a coordenadora pedagógica do Ensino Médio, Janete Cardoso.

Outros assuntos a serem discutidos nos comitês são: o papel das forças de manutenção da paz em zonas desestabilizadas (Conselho de Segurança das Nações Unidas); a queda do Índice de Desenvolvimento Humano no mundo (Assembleia Geral das Nações Unidas); medidas de combate a grandes incêndios (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA); exploração ilegal de terras indígenas (Supremo Tribunal Federal) e falta de acesso à Internet como limitador da educação na crise (Unesco).

Além da atuação nesses comitês, haverá um grupo específico de estudantes que irá compor a Agência de Comunicação, exercitando o papel de repórteres que escrevem matérias sobre as discussões e pensam em estratégias para promover a divulgação dos temas debatidos.


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