O vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), deputado Delmasso (Republicanos), solicitou ao DER que faça a troca de todas as placas de endereços do Guará. O serviço começou na QE 26 e a próxima será a QE 15. Toda a cidade será contemplada
Fotos: Rogério Lopes.
Até julho do próximo ano todas as placas de endereçamento do Guará serão substituídas. A garantia é do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER), que iniciou a troca das placas a partir da QE 26 e vai continuar até a conclusão de todo o endereçamento da cidade.
As novas peças estão sendo produzidas na fábrica de placas do Parque Rodoviário do DER, em Sobradinho. Uma equipe de 10 servidores fez os serviços de corte, solda, pintura, plotagem e colocação das películas com as informações dos endereços.
Encaminhada pela Administração Regional do Guará, através do deputado distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos), morador da cidade, a solicitação começou a ser atendida em setembro e vai se estender à QE 15 e depois às outras quadras até a conclusão de todo o serviço.
"A ordem de atendimento é a da chegada dos pedidos encaminhados pela Administração do Guará, e pode ser alternada entre quadras do Guará I e do Guará II", explica o diretor de Operações do DER, Murilo de Melo Santos.
A troca da placa é completa, incluindo a haste fixada no chão, porque, segundo Murilo, parte dos postes antigos está com as ferragens corroídas porque foram implantadas em 1996, portanto, há 25 anos.
Quase invisível
A revitalização do endereçamento da cidade é uma reivindicação antiga e vem sendo cobrada com mais veemência por moradores e lideranças nos últimos anos porque a existente está cada vez pior. Encontrar endereços no Guará, principalmente para quem não mora na cidade, virou um problema e motivo de irritação de motoristas de aplicativos, de serviços e de entregadores de encomendas. Ou para quem vem visitar um parente e não está familiarizado com a lógica da sequência das quadras e conjuntos. É que o endereçamento nas placas está quase ilegível e em algumas quadras impossível de ser visualizado a média distância.
Implantado em 1996 na gestão do administrador regional Alírio Neto, através de parceria com uma empresa privada em troca do espaço para propaganda, o endereçamento continua o mesmo há 25 anos e sequer recebeu revitalização nesse período. Com o tempo, a ação do sol e da chuva foi esmaecendo a impressão na base plástica adesivada nos postes de metal e em alguns locais nem existe mais.
Como foi implantado por uma empresa privada e o contrato não pôde ser renovado por recomendação do Tribunal de Contas do DF, o endereçamento ficou sem manutenção nesse período.
Em agosto, o deputado Rodrigo Delmasso chegou a sugerir a troca do endereçamento através de parcerias com associações (prefeituras) de moradores e outras instituições organizadas, que poderiam se habilitar de acordo com a Lei 6915/2021, de autoria do próprio Delmasso, que criou o projeto Nossa Quadra.
A lei permite que associações de moradores ou prefeituras comunitárias, conselhos comunitários, cooperativas habitacionais e outras instituições organizadas vão poder cuidar da manutenção de quadras, praças e equipamentos públicos com recursos destinados pelo governo.
O projeto tem o objetivo, segundo o autor, de desburocratizar e agilizar a contratação de serviços que exigem menos recursos financeiros e não passem a depender mais da lenta burocracia da máquina pública.
De acordo com Delmasso, as parcerias com as associações de moradores podem agilizar os serviços e a manutenção dos espaços públicos.
Agilidade e valorização das associações
O projeto prevê ainda que o governo poderá estabelecer vínculos com as comunidades organizadas, facilitando o levantamento de necessidades e agilizando o processo de manutenção, que por vezes, é lento e ineficaz. A transferência de recursos também facilitará a manutenção e instalação dos espaços, que são relevantes no convívio comunitário. "A respectiva política pretende unir esforços de atuação do poder público e das organizações da sociedade civil para revitalizar ou conservar as inúmeras áreas públicas existentes nas quadras residenciais no Distrito Federal", justifica Delmasso.
Se o projeto de lei for aprovado ainda no segundo semestre, Delmasso garante repassar R$ 10 milhões de emendas parlamentares para a contratação desses serviços em 2022, sendo que R$ 4 milhões somente para a revitalização do endereçamento do Guará. "A Administração Regional vai poder, por exemplo, firmar convênio com cada associação, ou prefeitura, de moradores para a recuperação das placas, com os recursos garantidos pelo governo. Além de agilizar o processo, que não dependeria de licitação, vai ajudar a fortalecer as organizações comunitárias", analisa o deputado.
O DER produz as placas numa fábrica em Sobradinho, onde estão sendo confeccionadas as placas da QE 15.
Onde são fabricadas as placas
O DER é responsável pela confecção e manutenção das placas rodoviárias, de endereçamento e turismo de todo o Distrito Federal. Em média, anualmente, 4,6 mil novas placas são fabricadas, outras 200 ganham restauração, 320 passam por reforma por conta de vandalismo e 80 são atualizadas.
Cada placa recuperada ou substituída pode custar entre R$ 300 e 700, dependendo do tamanho e do formato.
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