Cerca de 1.300 agentes comunitários de saúde reforçam o combate à dengue

Ação contra dengue em condomínio no Lago Norte: os agentes identificam possíveis focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue, chamando a atenção para os criadouros mais comuns | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde
Ação contra dengue em condomínio no Lago Norte: os agentes identificam possíveis focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue, chamando a atenção para os criadouros mais comuns | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde

Profissionais responsáveis por orientar a população sobre assistência médica também fazem trabalho de prevenção contra o mosquito transmissor da doença

Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

No combate ao aumento de casos de dengue no Distrito Federal, os agentes comunitários de saúde (ACSs) surgem como peças fundamentais na equipe de Saúde da Família (eSF). Os profissionais são responsáveis por identificar as necessidades da população das regiões administrativas (RAs), orientar e estimular a busca por assistência médica quando necessário. Atualmente, a Secretaria de Saúde (SES-DF) tem cerca de 1.300 servidores da área, com uma média de dois agentes comunitários por equipe.

"Quando entro em uma moradia, mostro os principais criadouros do mosquito Aedes aegypti, explicando de forma simples como evitá-los", conta o agente comunitário de saúde Felipe Jordão | Foto: Arquivo pessoal

De acordo com a coordenadora de Atenção Primária à Saúde (APS), Sandra Araújo, ao realizar visitas domiciliares, o ACS aparece como um eixo de informação e de prevenção. "Durante as visitas, eles orientam os moradores sobre a eliminação de focos de água parada, esclarecem sintomas de doenças e incentivam a busca imediata por uma UBS [Unidade Básica de Saúde] ao detectar qualquer sinal preocupante", detalha.

Nesse ponto, a coordenadora destaca que o agente também conscientiza as pessoas sobre a importância de recorrer à UBS como principal ponto de atendimento, desencorajando a dependência desnecessária de hospitais e unidades de pronto atendimento (UPAs).

O ACS Felipe Jordão tem 14 anos de experiência na SES-DF e atua na UBS 5 do Riacho Fundo II. "Quando entro em uma moradia, mostro os principais criadouros do mosquito Aedes aegypti, explicando de forma simples como evitá-los, como tampar recipientes e eliminar a água parada. Sempre que possível, aproveito as diversas oportunidades para reforçar a mensagem de que a prevenção é responsabilidade de todos", relata.

Ação conjunta

A atuação de um ACS não se restringe às moradias. Para ampliar os canais de informação e prevenção, os profissionais organizam também reuniões comunitárias de combate à dengue. "Quando todos compreendem a importância de medidas simples, como a eliminação de água parada, e se comprometem com práticas preventivas, a eficácia no controle da doença aumenta significativamente", afirma Jordão.

Os agentes identificam possíveis focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue, chamando a atenção para os criadouros mais comuns | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde
Os agentes identificam possíveis focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue, chamando a atenção para os criadouros mais comuns | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde

Nas visitas domiciliares, os agentes identificam possíveis focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue, chamando a atenção aos criadouros mais comuns. Em caso de identificação de focos, a situação é relatada à eSF e, eventualmente, à equipe de Vigilância Ambiental, para que medidas de controle possam ser acionadas, como a aplicação de larvicidas e mobilização comunitária.

Alessandra da Silva é ACS há 19 anos e, atualmente, está lotada na UBS 2 de Planaltina. Para ela, contudo, o trabalho do agente excede as paredes da unidade de saúde. "Nós é que vamos para o campo, acompanhamos a realidade da comunidade, ofertamos o serviço de saúde e damos orientações no momento oportuno", detalha.

*Com informações da SES-DF

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