Mulheres que já atuam na agricultura puderam aprender mais sobre a lucrativa atividade de criação de abelhas | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília |
Grupo de 15 produtoras rurais pode participar de aula oferecida pela Emater sobre os benefícios da criação de abelhas sem ferrão
Victor Fuzeira, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto
Um grupo de 15 produtoras familiares dos núcleos rurais São José e Rio Preto, em Planaltina, participou, nesta quinta-feira (25), de uma aula sobre os benefícios da criação de abelhas sem ferrão. O objetivo do encontro foi introduzir as mulheres no universo da meliponicultura – como a atividade é chamada – e, assim, ampliar as alternativas de geração de renda das famílias.
A aula foi ministrada por equipes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). Todas as participantes selecionadas trabalham com a produção de hortaliças e flores.
O técnico Carlos Morais, da Emater-DF, incentiva a meliponicultura: "Nós temos casos que mostram que a introdução dessas abelhas ao ambiente aumentou a produtividade em 30% a 35%" |
"São mulheres que já mexem com agricultura em suas propriedades, e o objetivo foi que elas pudessem conhecer um pouco mais sobre essa criação, que é uma verdadeira arte", detalha a extensionista rural Regina Lima. "Com este primeiro contato, o grande retorno que teremos é o empoderamento dessas mulheres, que passarão a ter, nas suas propriedades, uma alternativa de renda proveniente de uma produção só dela."
Além de ser uma alternativa de renda, a meliponicultura também traz impactos na produtividade das plantações. "Essas abelhas sem ferrão contribuem muito no processo de polinização", explica o técnico Carlos Morais, da Emater-DF. "Nós temos casos que mostram que a introdução dessas abelhas ao ambiente aumentou a produtividade em 30% a 35%".
Referência
O local escolhido para as aulas é uma propriedade meliponicultora referência no DF. Localizada no Núcleo Rural Córrego do Palha, no Lago Norte, a produção, coordenada por Diana Schappo,é conhecida pelo seu "Jardim do Mel" – uma trilha em que os visitantes podem ter contato com várias das espécies de abelhas sem ferrão.
Atualmente consolidada na atividade, Diana relata que sua história na meliponicultura se confunde com a de várias produtoras participantes: "No começo, eu também tinha a meliponicultura como um hobby e, hoje, tenho uma renda com a produção que vale muito a pena. Queremos que essas produtoras possam levar para a propriedade delas um pouco do nosso trabalho".
A experiência de Diana serviu como inspiração para Valdete Oliveira, 54, uma das selecionadas para participar do encontro. "Era um sonho meu poder mexer com abelhas, e, devido à minha idade e problemas de saúde, está sendo muito difícil ficar na lavoura", conta. "A meliponicultura vai se encaixar perfeitamente no que preciso; é uma produção que exige muito cuidado e atenção, mas não tanto esforço físico".
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