Cantora grega Marinella sofre AVC durante show; entenda


 Artista desmaia no palco durante apresentação e é internada em estado crítico


A cantora grega Marinella, de 86 anos, sofreu um AVC durante uma apresentação em Atenas na última quarta-feira (26). Ela desmaiou no palco e foi levada ao hospital, onde permanece na UTI com um sangramento cerebral. Seu estado é crítico, mas estável, e o show, que contava com a participação do cantor Antonis Remos, foi cancelado.


O que é um AVC?


O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, especialista em doenças cerebrovasculares, explica que o AVC é uma emergência médica que se manifesta de duas maneiras: a primeira, chamada de AVC isquêmico, ocorre quando há uma interrupção no fluxo sanguíneo para o cérebro. A segunda, conhecida como AVC hemorrágico, acontece quando um vaso sanguíneo se rompe, provocando um sangramento no cérebro. “No caso do AVC hemorrágico, o quadro tende a ser mais grave devido ao dano adicional do sangue no tecido cerebral, que pode levar a um quadro de hipertensão intracraniana, situação que deve ser resolvida com urgência devido ao risco de óbito”, alerta Espíndola. "Ambas as situações resultam em uma redução do fornecimento de oxigênio e nutrientes às células cerebrais, podendo causar danos permanentes", esclarece o médico.


O médico também alerta sobre os sintomas que nem sempre são facilmente percebidos: “Formigamento em um lado do corpo, perda de força, alterações na visão, incapacidade de levantar os braços ou pernas, sorriso assimétrico, náuseas, vômitos e dificuldade para falar podem ser sinais de um AVC.”


Para detectar esses sintomas de forma prática, recomenda-se a técnica do SAMU (Sorrir, Abraçar, Mensagem e Urgência). "Se uma pessoa apresenta dificuldade para sorrir, levantar os braços ou tem a fala embolada, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente, ligando para o 192 e relatando a suspeita de AVC", orienta o especialista.


Espíndola destaca que a prevenção é essencial e inclui práticas como manter uma rotina de exercícios físicos, evitar o consumo de álcool e tabaco, controlar o estresse e a pressão arterial. “Adotar hábitos saudáveis é crucial para reduzir o risco de um AVC e promover uma vida mais equilibrada”, reforça o neurocirurgião.


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