Como a Inteligência Artificial transforma a segurança de dados e requer medidas de proteção de dados robustas
Com 83% das empresas enfrentando ataques, a proteção de dados pessoais e corporativos está em risco
Nos últimos anos, o avanço acelerado da Inteligência Artificial (IA) tem transformado a forma como as empresas lidam com a segurança de dados, trazendo novos desafios e riscos para a privacidade. A crescente utilização de ferramentas baseadas em IA não apenas otimiza processos e melhora a eficiência, mas também introduz novas vulnerabilidades que podem comprometer a proteção de informações pessoais.
Dados da Sophos, uma empresa britânica especializada em soluções de segurança, revelam uma situação alarmante: aproximadamente 83% das empresas globais sofreram ataques cibernéticos em algum momento e, em muitos casos, foram forçadas a pagar resgates para recuperar dados. Essa realidade expõe não apenas a fragilidade das defesas corporativas, mas também os desafios crescentes enfrentados nos âmbitos da proteção de dados e da propriedade intelectual.
Desafios da IA na Segurança da Informação
Por um lado, tecnologias avançadas permitem identificar e neutralizar ameaças com uma precisão nunca antes vista. Algoritmos de aprendizado de máquina podem analisar vastas quantidades de dados para detectar padrões incomuns e comportamentos suspeitos. Já, por outro lado, os mesmos avanços tecnológicos também são utilizados por cibercriminosos para desenvolver ataques mais sofisticados e difíceis de detectar.
A automação impulsionada pela IA pode criar vulnerabilidades novas e inesperadas. Ferramentas de automação podem ser usadas para explorar brechas de segurança de forma mais eficiente, enquanto técnicas de engenharia social alimentadas por IA podem manipular indivíduos para revelar informações críticas.
Impactos nos âmbito da Proteção de Dados e na Propriedade Intelectual
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em 2020 no Brasil, estabelece normas rigorosas para a coleta, armazenamento e, de forma geral, o tratamento de dados pessoais. No entanto, a rápida evolução da tecnologia pode dificultar a conformidade com esses regulamentos. As empresas estão sob pressão para se adaptar às novas exigências de proteção de dados, mas a complexidade crescente dos ataques cibernéticos e a integração da IA em sistemas corporativos complicam ainda mais essa tarefa. “Todo dia auxiliamos as empresas na implementação de projetos e na manutenção de programas de proteção de dados”, afirma o advogado Marco Zorzi, “notamos que um mapeamento atualizado do fluxo dos dados pessoais bem como a individuação clara e preventiva dos riscos para os dados tratados pela empresa são duas medidas fundamentais para manter esses projetos e programas eficazes. O benefício para a empresa pode não ser percebido imediatamente, mas será evidente no longo prazo e em caso de incidentes de segurança”.
Além disso, a propriedade intelectual das empresas também está em risco. O vazamento de dados corporativos pode revelar segredos comerciais, estratégias empresariais e inovações tecnológicas, prejudicando a competitividade e a segurança das operações.
O Papel das Empresas e dos Governos
Diante desse cenário desafiador, tanto as empresas quanto os governos precisam adotar medidas proativas para mitigar os riscos. As empresas devem investir em soluções de segurança cibernética avançadas, treinar suas equipes para reconhecer e reagir a ameaças e implementar projetos e programas de proteção de dados. A cooperação entre setores e a troca de informações sobre ameaças cibernéticas podem fortalecer a defesa coletiva contra ataques.
Os governos, por sua vez, devem garantir que a legislação acompanhe o ritmo das inovações tecnológicas e forneça diretrizes claras para a proteção de dados. A LGPD, assim como outras legislações globais de proteção de dados, precisa ser constantemente regulamentada pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para enfrentar novos desafios e ameaças emergentes.
O avanço da IA na segurança de dados traz tanto oportunidades quanto desafios significativos. Enquanto a tecnologia pode melhorar a proteção e a detecção de ameaças, ela também pode abrir portas para novos riscos e complicações. Em um cenário onde 83% das empresas ao redor do mundo já enfrentaram ataques cibernéticos, é fundamental que tanto empresas quanto governos se mantenham vigilantes e preparados para proteger dados pessoais e corporativos contra as ameaças em constante evolução.
O benefício para a empresa pode não ser percebido imediatamente, mas será evidente no longo prazo e em caso de incidentes de segurança”,explica o advogado Marco Zorzi.
- Divulgação
Sobre a Andersen Ballão Advocacia: A Andersen Ballão Advocacia é um renomado escritório de advocacia brasileiro, reconhecido por sua atuação de excelência nas áreas de Direito Digital, Compliance e Proteção de Dados. Com sede em Curitiba, Paraná, o escritório oferece serviços jurídicos de alta qualidade para empresas nacionais e internacionais, orientando-as na conformidade com as leis e regulamentos brasileiros.